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Um
diálogo com a psicanálise
Traços rápidos como um pulsar.
Sobreposições de camadas como véus.
O médico psicanalista Alcimar Alves de Souza Lima tem alcançado
com suas aquarelas um diálogo intenso com a psicanálise. Mas esse diálogo
se dá às avessas. No consultório, ele vai desvendando os vários extratos.
No papel, ele os camufla, com transparências. A leveza da sua floresta
sob névoa esconde a crueza da sua infinitude. O encontro de Alcimar com
a arte se deu nos anos 60, no colégio vocacional João XXIII da cidade
de Americana - uma experiência educacional pluricurricular que incluía
em sua agenda aulas de teatro e artes plásticas, nas suas mais diversas
técnicas: carvão, pastel, óleo e aquarela. Em São Paulo, no Ginásio Vocacional
Oswaldo Aranha, consolidou seu conhecimento teórico com o então professor
Evandro Jardim, hoje um dos mais renomados gravuristas brasileiros. Esse
aprendizado ficou latente e só voltou à tona após a conclusão do curso
de Medicina. Nos anos 80, teve contato sistemático com os artistas Johann
Gutlich e o filho George Rembrandt Gulitch e passou a dedicar-se mais
às aquarelas. Já participou de várias coletivas no SESC e fez três exposições
individuais.
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