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Operadoras de Planos de Saúde têm vergonha em dizer quanto pagam!

 

“Quem cora já está culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada”  Jean Jacques Rousseau 1712-1778.

 

Antes de falar na vergonha, mas falando no mesmo assunto, motoristas de táxi em São José dos Campos, durante o mês de dezembro, passam a usar bandeira 2, ou seja cobram mais para garantir o 13º. Funcionários dos planos de saúde, nesta época recebem 13º salário, férias, gratificação de férias, cestas de Natal. É o espírito natalino de recompensar bem quem trabalhou bem. Explicações: funcionários das operadoras são aqueles que você paga. Motorista é atividade essencial, prestada por autônomos e regulada pelo estado. Aqui uma pergunta. Tola. Médico é atividade essencial prestada por autônomos? Regulada pelo estado? Humm... Tá, não é por aí. Sem exageros.

Vamos então a outra pergunta básica. Você se acha merecedor de férias remuneradas, gratificação de férias, e 13º? Então? Bobeira? Pois saiba que várias operadoras no estado já pagam férias, e 13º no mês do aniversário!

Mas vamos falar da vergonha. Na atual campanha dos ginecologistas liderados pela Sogesp houve uma intensa movimentação da mídia. Afinal se os médicos dizem que estão ganhando mal, o jornalista, este ser intrigante que pergunta, queria saber das operadoras se elas pagavam mal mesmo. As respostas eram repercutidas com a central do movimento. Repercutir é um jargão jornalístico para confrontar as verdades. O jornalista ouve um, ouve o outro, compara os dois, e tira suas conclusões. Coloca sua posição pessoal (recomendável) ou de sua empresa (também existe) e faz a matéria.

Uma das mais emblemáticas situações vivenciadas na obstetrícia é o parto. Sensibiliza muito a população. Assistência à saúde materna e da criança. Aliás, os dois pontos mais difíceis hoje para as operadoras, pois pediatras e obstetras dizem estar ganhando muito mal e subsidiando retornos e patologias graves, Mentira? Voltando aos jornalistas, eles perguntaram para centenas de operadoras em todo o estado quanto elas pagavam por um parto. Surpresa! Nenhuma respondeu! A resposta mais comum foi que isto é um “acordo” entre as operadoras e os médicos, e que os médicos “aceitam”. Os jornalistas colocaram em suas matérias a verdade. As operadoras não informaram quanto pagam por um parto!

O código do consumidor no Brasil obriga que todo serviço, bem ou produto, tenha seu valor expresso em reais e informado claramente à população. Porque isto não é cumprido quando se trata de serviços médicos?

Na verdade quando uma operadora fala que paga 200 reais pelo parto da sua esposa, o trabalhador vai à firma e reclama. O contribuinte individual vai procurar uma operadora que dê mais valor para sua esposa. E as operadoras que vendem “planos de saúde” são confrontadas com a verdade! O que hoje se paga na assistência médica complementar é uma vergonha.

Quando as operadoras omitem da sociedade quanto elas pagam para o médico elas estão alimentando a falta de transparência entre os agentes. E isto não é bom para quem trabalha com saúde. É marketing negativo. Saúde é coisa séria e transparência é fundamental! Ou será que as operadoras têm mesmo vergonha do que pagam e por isto não divulgam?

Como diz Rousseau: “Quem cora já está culpado...”

 

Sérgio dos Passos Ramos, vice-presidente da APM São José dos Campos

 
 
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