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GO’s podem suspender atendimento a planos


 

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) iniciou em junho um amplo movimento de conscientização da população e da própria classe médica, sobre o tratamento dispensado aos especialistas por algumas empresas de saúde suplementar.

O ponto de partida da mobilização foi o lançamento de uma campanha publicitária em âmbito estadual, divulgada nas principais revistas nacionais, em jornais paulistas de grande circulação,  e em rádios da capital e do interior. Um dos focos da ação é a valorização do tocoginecologista de São Paulo; o outro, a qualificação da assistência à mulher. Os honorários vis pagos aos médicos por certos planos e operadoras de saúde são denunciados, com exemplos, assim como a falta de prioridade com que as pacientes são tratadas (veja imagens nesta página).

A iniciativa da SOGESP prevê a realização de fóruns de debates regionais em todo o estado, o Dia do Protesto do Bem, e um Dia Estadual de Luto. Caso não ocorra negociação e mudança do quadro, há a possibilidade de paralisação do atendimento aos planos de saúde.

Obstetras em extinção

Atualmente, há planos que pagam R$ 200,00 (bruto) ou menos por um parto. Só para ter uma idéia, a filmagem do parto custa em regra cinco vezes mais do que os médicos recebem para colocar uma vida no mundo e cuidar de outra vida preciosa: a da mãe. Exemplo por exemplo, vale lembrar que uma boa escova progressiva, na capital paulista, também está na faixa de R$ 200,00.

De acordo com o presidente da SOGESP, César Eduardo Fernandes, atualmente existe um consenso por parte de ginecologistas e obstetras de que o exercício da especialidade no estado de São Paulo está tornando-se inviável. Aliás, na residência médica já se percebe claramente o fenômeno do desaparecimento dos obstetras. A remuneração vil é, sem dúvida, o motivo da falta de interesse. “A dignidade do tocoginecologista está gravemente comprometida pelo aviltamento dos valores pagos pelas consultas e procedimentos realizados pelos planos e operadoras de saúde”, afirma Fernandes.

Recentemente, num encontro da SOGESP em Campinas, com lideranças da especialidade de todo o Estado, houve consenso também de que não dá mais para os especialistas ganharem cerca de R$ 25,00 por consulta, média paga atualmente pelas empresas. Especialmente porque na ginecologia e obstetrícia, a consulta é realizada em três tempos: anamnese inicial, exame geral e especializado, incluindo um procedimento invasivo (colocação do espéculo e coleta de citologia), seguido de um terceiro tempo que inclui finalização da consulta com explicação das hipóteses diagnósticas, solicitação de exames e receita de medicamentos.


Sogesp lança campanha pela valorização dos honorarios médicos

Campanha da SOGESP foi amplamente divulgada nos meios de comunicação


 

Médicos aprovam iniciativa


 

A receptividade da classe médica ao movimento da SOGESP tem sido bastante positiva, afirma César Eduardo Fernandes, presidente da Sociedade. “Os colegas estão muito satisfeitos, tanto pelo objeto da campanha, quanto pela oportunidade de informarmos a população, que não tem conhecimento da situação”, afirma.

Para Fernandes, tanto o público leigo quanto os meios de comunicação estão entendendo a mensagem dos médicos, que buscam uma situação mais digna para todos, e não apenas interesses mercantilistas. “Percebemos que nossos pacientes estão do nosso lado, pois sabem que jamais serão prejudicados ou lesados por nós”, explica o presidente da SOGESP. “Dos médicos, esperamos que se conscientizem de que pode haver necessidade de um endurecimento de posições, e que esse endurecimento só resultará em êxito se nos unirmos, nos mobilizarmos e nos envolvermos. O vínculo do médico tem que ser com o paciente, e não com o plano de saúde”, finaliza.

 
 
 
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