ENTREVISTA
Missão cumprida
Na
pessoa do colega Lauro Mascarenhas Pinto, a APM São José dos Campos agradece
a toda a Diretoria do triênio 2008-2011, pela dedicação e serviços prestados
à classe médica de nossa cidade. Veja abaixo entrevista ao Jornal do Médico:
Seis anos à frente da APM São José dos Campos. Muito? Pouco? O que o achou
desta experiência?
Seis
anos é bastante tempo! Acho que toda entidade associativa deve ter seus
presidentes renovados após no máximo dois mandatos, para que a entidade não
tenha "dono", para que se renove, tenha sangue novo, ideias novas e quem se
importe em sempre querer melhorar a entidade.
Qual foi a melhor realização de sua gestão? Qual a sua maior frustração?
Não tive uma grande realização, mas várias pequenas e importantes. Tivemos
muitas reuniões de informação ao público leigo na Casa do Médico - foram 10
por ano. Conseguimos uma união maior da classe para a defesa profissional -
as entidades nunca estiveram tão unidas e as especialidades começam a se
organizar mais, o que era uma luta nossa há muitos anos. O número de sócios
aumentou; a nossa parte social, tanto na ajuda às crianças das creches, como
nas comemorações, e o nosso Baile do Médico também vão muito bem. A educação
médica continuada não para, tivemos vários cursos e já temos mais agendados,
enfim é uma grande somatória que tomaria muito espaço e ninguém iria ficar
lendo (risos). A maior frustração, é apesar de todo o nosso esforço, não
termos conseguido ainda uma melhor remuneração para a classe, que está
defasada, mas a luta continua e com maior união das entidades e dos médicos,
ela vai chegar.
São
mais de 3.300 médicos em São José dos Campos. Uma minoria é sócia da APM.
Qual a causa desta pouca aderência?
A
participação em termos de percentual é realmente baixa, os médicos
infelizmente não sabem tudo o que a APM pode fazer por eles e não querem
saber. Não lêem os jornais, revistas, boletins informativos, e-mails etc,
mas está em acordo com a maioria das associações de outras categorias que
mantêm mais ou menos a mesma proporção de sócios.
O
valor da mensalidade é alto?
Não, a
nossa mensalidade em termos de associações é uma das mais baixas, o
suficiente para mantermos a casa e com dificuldades, às vezes. O problema é
querer conhecer e participar. O médico acha que não tem tempo, pois trabalha
muito, o que é verdade, mas quem quer, consegue sempre um tempinho.
Uma das reclamações dos sócios é que na APM São
Paulo há inúmeros benefícios para os sócios, os quais não se repetem nas
regionais. Como ampliar o alcance desses benefícios?
Os
benefícios que a APM tem em SP são extensivos a todos os sócios e,
dependendo do tamanho e da distância da regional, eles vão se adequando
conforme a necessidade e a viabilidade de cada um. Alguns, por exemplo, não
se enquadram em cidades que têm o Poupa Tempo, pois ficariam mais caros e
mais demorados.
Sabemos que durante sua gestão houve um grande
aumento do número de sócios novos. A que atribui esse crescimento?
O
crescimento do número de sócios em minha gestão deveu-se a uma maior
credibilidade que a APM veio conquistando durante várias gestões
comprometidas com a valorização dos médicos e um melhor relacionamento entre
todos nos últimos anos.
O sr. recebeu uma “promoção”. Agora será diretor
distrital da APM estadual. Como estão as APMs no Vale do Paraíba, litoral e
região serrana? Quais seus planos para essa nova função?
Sim,
estou assumindo o lugar que era da Dra. Silvana Morandini, o de diretor
distrital da região 3. Vou ser responsável pelas APMs do Vale, litoral norte
e região serrana. A Regional de Campos de Jordão começou no dia 5/10, e eles
estão bem motivados. Vou visitar todas, ver suas necessidades, dar apoio,
levar mais cursos e tentar fazer com que também fiquem motivadas e
progridam.
Jacareí faz parte da APM de São José dos Campos, mas tem uma sociedade
médica própria que não é ligada à APM. Algum plano para sua emancipação e
aderência à entidade estadual?
Estamos conversando com um grupo de colegas de Jacareí que está se
programando para fazer parte da APM. Já fizemos uma reunião e eles ficaram
de ver a parte legal para poder passar a integrar APM.
O sr. é casado, pai de dois filhos. Foi muito
difícil para eles ter que dividir o pai com a APM (já tendo que dividir como
os pacientes)?
Graças
a Deus, tenho uma família maravilhosa, tanto a minha esposa, Rita, como meus
filhos, Laura e Guilherme, sempre me deram apoio irrestrito, às vezes quando
estava muito cansado eles é que me davam forças para não deixar de
participar.
Que
mensagem deixaria para o seu sucessor?
O
Sérgio foi meu vice-presidente e tem um bom conhecimento da casa. Deixo para
ele os meus parabéns, desejo muito sucesso e que ele tenha sempre muita
paciência.
|