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EDITORIAL

O orçamento para o tabagismo!

 

No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, a OMS afirma considerar o fumo como uma das principais causas preveníveis de morte em todo o mundo e alerta que o uso de produtos derivados do fumo é a segunda causa de mortalidade no mundo, só perdendo para a hipertensão.

Considerado como uma epidemia global, já que o tabaco mata quase 6 milhões de pessoas todos os anos, sendo 10% destas mortes de fumantes passivos, a OMS ressalta em nota:

“A menos que tomemos uma atitude, o tabaco vai matar mais de 8 milhões de pessoas [ao ano] até 2030, sendo mais de 80% em países de baixa e média renda”.

Em 2011 no Brasil foram gastos R$ 21 bilhões em saúde publica e privada no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, valor equivalente a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011, sendo 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período em impostos.

No mundo, 20% dos adultos fumam. Um dado positivo é que no Brasil o tabagismo caiu nos últimos 5 anos passando de 16,2% em 2006 para 14,8% em 2011. Entre os homens, 15,1% dos brasileiros são fumantes. Mesmo com a redução, nosso país ainda contabiliza 25 milhões de tabagistas e 13% do total de mortes registradas.

Agora o governo tenta realizar pesquisas que incluam os custos indiretos de uma lista de enfermidades relacionadas ao fumo além de estudos dos custos ambientais provocados pela produção do tabaco no Brasil.

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães avaliou que o governo se sente “confortável e, ao mesmo tempo, preocupado” com o enfrentamento ao tabaco no país e destacou:

“Precisamos aperfeiçoar o aspecto legal que trata do banimento do fumo em ambientes fechados, da taxação inibidora e do avanço no combate à pirataria”.

Avanços na legislação de combate ao tabagismo como a proibição de aditivos de sabor ao cigarro foram aprovadas, porém só passam a vigorar dentro de 2 anos.

É triste verificar que grande parte desses orçamentos gastos na correção de atos evitáveis através de legislação objetiva e clara poderia estar sendo aplicada na melhoria das condições de trabalho e atendimento na saúde de nosso país, sem a preocupação de ferir os interesses políticos.

Francir Veneziani Silva

Vice-presidente da Associação Paulista de Medicina São José dos Campos

 
 
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