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  Crise nos Planos de Saúde

Sérgio dos Passos Ramos* 
 

      Folha de São Paulo, sexta feira, 13 de fevereiro: A ANS dá nota zero para 36% dos planos de saúde no Brasil.

      Folha de São Paulo, domingo, 15 de fevereiro: Os 16 melhores médicos do país. (entre eles uma constante, nenhum atende pela Unimed, Sul América, Bradesco, nem mesmo Medial!)

      Valeparaibano, sábado, 21 de fevereiro: ANS reprova 9 planos de saúde no Vale.

      O que há de comum nestas manchetes? Será que existem mesmo várias medicinas no país, de primeira, de segunda, de terceira classe?

      Analisemos alguns detalhes dos melhores médicos: “os 16 médicos apontados como os melhores em cinco áreas são unânimes em destacar a importância de dar a atenção devida a cada paciente. “. “Não ter pressa, preocupar-se com a pessoa e não com o sintoma, conversar bastante, não desprezar as queixas mais bobas, evitar exames em excesso... “

      Será isto possível com 30 reais por consulta? Para os “melhores do país” não! Sua consulta é em média 300, alguns até 800 reais. Ou seja, um paciente particular recebe no mínimo dez vezes mais atenção que um paciente de plano de saúde?

      Agora vejamos os planos de saúde na nossa cidade. Somente um teve nota satisfatória: Clínica São José. Policlin e Unimed tiveram notas medianas e Vale Saúde nota insatisfatória!

      Se estendermos a avaliação para a macro região, somente a Unimed de Pindamonhangaba teve nota satisfatória. A de Taubaté teve a mesma nota de São José, mediana. As Unimeds de Caçapava, Cruzeiro, Lorena, Campos do Jordão e Vale do Paraíba receberam notas insatisfatórias. Hospital e Maternidade Frei Galvão e Irmandade da Santa Casa de Lorena tiveram notas críticas.

      “Os critérios para avaliar as empresas foram atenção à saúde, qualidade econômico-financeira, estrutura da empresa e satisfação dos usuários.”

      Qual a característica da Clínica São José? Não é a que paga melhor os médicos credenciados como se pode ver nas tabelas do Jornal do Médico e nos editoriais de nosso presidente. É uma empresa vertical, praticamente utiliza 100% de recursos próprios. Os donos e os filhos dos donos são os responsáveis não só pelo atendimento como pela administração do grupo.

      E as Unimeds? Uma com nota satisfatória, duas medianas, e cinco em situação insatisfatória. Também são administradas pelos donos, pagam os melhores valores de consultas considerados apenas os valores regionais, mas basicamente os donos não se sentem tão donos assim. A lei e seus estatutos limitam o valor de suas retiradas e cotas básicas. As relações entre os donos e as administrações são sempre conflituosas. O enfoque é “na empresa” e não nos “donos da empresa”. Se você não se sente dono como então você se sente? Os culpados de tudo são sempre os médicos. Ou alguém tem ouvido uma explicação diferente desde a criação das Unimeds?

      Os planos de saúde dos hospitais beneficentes, em minha opinião, são fadados a extinção como se pode ver pelas avaliações da ANS.

      Pagar melhor aos médicos por consulta seria uma solução? Porque a ANS, tão zelosa em cada detalhe, deixa de se manifestar pelo mais importante da cadeia de saúde, o médico? Uma vez só ela se importou, só daria reajuste nos valores dos planos se houvesse reajuste nos valores dos honorários médicos. Nunca mais falou nisto...

      Porque não colocar na avaliação da ANS a satisfação do médico com a administradora e mesmo os valores dos honorários médicos? A resposta é sua, prezado colega. Dá mesmo para trabalhar por 30 reais??? 
 

*Vice-presidente da APM São José dos Campos

 

 
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