Atenção com a Petrobras

Em março deste ano, a médica ginecologista Nereusa M. B. Moreira Lemos atendeu uma paciente em seu consultório, pelo convênio da Petrobras (AMS) ao qual é credenciada há mais de 20 anos. A paciente estava acompanhada da mãe e da irmã.
Após a consulta e exame clínico da paciente marcada, as duas acompanhantes, que não tinham horário agendado, apresentaram também suas queixas – a mãe, com cistite, que foi encaminhada ao urologista, e a irmã, com crise hemorroidária, que foi encaminhada ao proctologista.
Veja abaixo o que se seguiu a esse episódio:
- A Petrobras (AMS) enviou carta à médica, relatando reclamação do beneficiário: “trata com diferença os pacientes da Petrobrás e os pacientes particulares”; “atendimento grosseiro”. O documento solicitava posicionamento sobre o assunto.
- Nereusa respondeu o ofício esclarecendo o ocorrido. Argumentou que nunca recebeu nenhuma reclamação dessa natureza. Iniciou uma pesquisa de satisfação em seu consultório, com as pacientes da Petrobrás. De um total de 838 pacientes desse convênio, entrevistou 80 e obteve 100% de “nota 10” no quesito satisfação.
- A médica tentou entrar em contato com a Petrobrás, para obter resposta de sua correspondência, sem sucesso.
- A consulta da paciente em questão foi glosada pela Petrobras. Motivo: dependente sem direito ao convênio, pois não apresentou comprovante universitário.
Diante disso, questiona-se:
- Por que a Petrobrás não recolhe as carteirinhas dos pacientes que perdem o direito ao convênio, deixando o médico “no escuro”, pois não há como obter esse informação pela carteirinha?
- Por que a Petrobras solicitou esclarecimentos da médica e depois se calou, sem informar quanto ao prosseguimento do processo?
- Por que a Petrobras solicita aos médicos que passem a ser Pessoa Jurídica e depois dá aumento somente para a Pessoa Física?
- Por que a médica Nereusa Lemos passou a receber o valor de consulta Pessoa Jurídica mesmo ainda não tendo o contrato assinado, estando portanto em vigor o de Pessoa Física?

Matéria fornecida e autorizada pela Dra. Nereusa Lemos ao Jornal do Médico