02/02/2021
Pesquisa inédita: Os médicos e a pandemia de Covid-19
8 de cada 10 profissionais de medicina da linha de frente no combate à Covid-19 veem a segunda onda tão ou mais grave do que a primeira; 7 de cada 10 apontam tendência de alta de mortes; os profissionais estão exaustos física e emocionalmente, além de apresentar sintomas de síndrome de Burnout; há falta de leitos, de profissionais, de materiais básicos, como máscaras, luvas, proteção facial e álcool em gel, além da insuficiência de protocolos para uma assistência de maior segurança e qualidade; há descrédito nas autoridades da saúde, tanto em relação ao presente quanto ao futuro pós-pandemia.
Esse é o retrato que emerge da 1ª pesquisa nacional da AMB e 4ª pesquisa estadual da APM – Os médicos e a pandemia de Covid-19, realizadas em janeiro com participação on-line de 3.882 profissionais de medicina de todas as regiões do País.
A pesquisa mostra ainda que, enquanto a relação de casos de Covid-19 entre os 209 milhões de brasileiros é de 4,3%, a razão entre os médicos da linha de frente pesquisados é de 23,4%.
Outro número que impressiona: 3 em cada 10 consideram que as autoridades de saúde não estão aplicando adequadamente uma só medida. E o que causa ainda mais perplexidade: 76,10% veem inadequações nas orientações de isolamento, 80%, em relação à necessidade de ventilação de ambientes, 56%, insuficiências no tocante a evitar aglomerações, 88,6%, no rastreamento dos contatantes e 76,10%, inadequações no quesito campanha para busca de serviços de saúde em caso de sintomas.
