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24/05/2018

APM participa de reunião sobre políticas de prevenção ao suicídio

O conselheiro Roberto Schoueri Junior representou a APM SJCampos na reunião

Atendendo ao convite da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, a APM São José dos Campos participou, no dia 21 de maio, de reunião para discutir a implantação de políticas públicas de Saúde Mental, com foco na prevenção ao suicídio. Na oportunidade, a Associação foi representada pelo conselheiro Roberto Schoueri Junior.

A atividade reuniu 20 representantes de ONGs, conselhos regionais, universidades, além de autoridades da área da saúde e da Defensoria Pública. O próximo passo é criar um Grupo de Trabalho para analisar as políticas públicas na área e propor formas de aprimorar o atendimento psicossocial na cidade. Para compor o Grupo, a APM SJC indicou o conselheiro Galiano Brazuna Mouram e o presidente David Alves de Souza Lima, ambos médicos psiquiatras.

Segundo o vereador Dr. Elton (MDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a partir do diagnóstico sobre o trabalho de saúde mental em São José dos Campos e o que leva as pessoas a cometerem suicídio, serão propostos caminhos para melhorar a interação social e o convívio familiar. “Esse primeiro encontro trouxe o diagnóstico, depois vamos fazer visitas técnicas e trabalhar nos dois últimos eventos, em setembro e outubro, com a prevenção e ‘posvenção’”, disse, referindo-se a medidas para reduzir o estigma e o preconceito sobre tratamento psicológico e psiquiátrico.

“O número de suicídios tem crescido e o poder público sozinho não consegue enfrentar esse problema. Por isso é importantíssimo ter a parceria com ONGs e entidades para complementar o trabalho que a prefeitura já faz”, disse o vereador Fernando Petiti (MDB). Durante a reunião, a chefe de Divisão de Especialidades em Saúde, Polyanna de Paiva Costa, apresentou dados sobre o trabalho de prevenção ao suicídio e apoio às vítimas de transtornos psicológicos e emocionais realizado pela rede pública, por meio dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

Entretanto, destacou-se no encontro que existe uma desproporção entre a demanda e a estrutura dos CAPS. As terapias têm duração de 30 minutos, às vezes uma vez por mês. E ainda, os tratamentos são focados nos psicóticos, endereçando menos a ansiedade, o pânico, a depressão, transtornos de socialização, dependência química.

Também foi colocada a necessidade de realização de concursos públicos, uma vez que na terceirização há uma alta rotatividade de pessoal, que se agrava com o elevado índice de adoecimento dos profissionais da área.

Roberto Schoueri Junior parabenizou e destacou a importância das iniciativas de formação de médicos residentes, que têm maior chance de se fixar no município. “Seminários como esse organizado pela Comissão de Saúde da Câmara o Grupo de Trabalho devem ser permanentes. Com relação à carência de profissionais, uma ação válida seria a criação de grupos de apoio psicológico ao profissional da saúde”, afirmou o conselheiro da APM SJC.

O encontro do dia 21 de maio deu continuidade ao debate sobre suicídio realizado em abril, durante o “1º Seminário de Depressão na Adolescência não é Drama. É Doença”.

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